02/01/2000

2007

O Capital reafirma em “Eu nunca Disse Adeus” o que de melhor sabe fazer: baladas. Isso não implica que o vigor do rockn´roll deixou de ser predominante na essência da música da banda.É nítido que os arranjos desse disco não soaram com a mesma intensidade do álbum anterior “Gigante”, e o que se evidencia realmente são canções eletro-acústicas com efeitos sonoros talvez eletrizantes e não eletrônicos.A falta de um equilíbrio regular entre o POP e o ROCK pode ter atribuído a esse álbum uma identidade similar ao disco de 2002 “Rosas e Vinho Tinto”, uma fórmula encontrada no sentido de manter o público pós-acústico e não deixando de agradar também aos fãs mais antigos.A Vida é minha eu faço o que eu quiser - abre o disco de forma clássica apresentando o Capital na sua essência roqueira.Eu nunca disse adeus - vem mesclando pop e rock, foi escolhida com acerto para ser o primeiro single do disco, refrão grudento e uma combinação perfeita da harmonia tradicional do Capital.Aqui – mais uma bela produção da linha de “baladas” perfeitas que só o Capital consegue fazer, irmãzinha mais nova de “Seus Olhos” e “Como Devia Estar”.Eu e minha estupidez, sem muita novidade sonora dá seqüência interessante ao início da audição e sugere com certeza uma “curiosidade” em desvendar o restante da obra.Diferentes – Simplesmente comum.O Imperador – soa como uma das principais canções do álbum, letra e música, bem elaboradas, apesar das características evidentes da fórmula utilizada seguindo o conceito “historinha” adotado pelo Capital a partir de “Natasha” do álbum acústico MTV lançado em 2000.Altos e Baixos, 18 e Dormir – três belas canções, o eixo do álbum remete-nos as coincidências de arranjos, uma balada interessante, alguns riff´s e uma canção literalmente para “dormir”, assim caminha “Eu Nunca Disse Adeus”.Boa Companhia e Má companhia – Vigor e sustentabilidade do álbum ao modo roqueiro de considerar a música atual do Capital, juntamente com “Aqui” duas principais evidencias desse alicerce chamado “Eu nunca Disse Adeus”.Eu adoro minha televisão – excelente canção praticamente finalizando o álbum, propõe uma sonoridade diferente e possível até de se estender no atual cenário da produção musical do Capital, efeitos de guitarras e vozes tornam essa música uma nova experimentação, que por sinal muito positiva e válida. Auditivamente inovadora isso é um excelente sinal.Um homem só – reforça a base tranqüila do disco, nada diferente da bela balada “Aqui”, encerra o disco depois de uma concepção bastante interessante de um álbum previsto, aceito e com a cara do Capital, porém com pitadas otimistas entre o normal e aquilo que se espera.Eu nunca Disse Adeus integra a discografia do Capital com todos os méritos e aceitação, de uma banda que continua traçando sua história de forma fiel e simples, ainda que com alguma “irregularidade” pelo caminho.

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